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quarta-feira, 30 de março de 2016

"Na Quinta do Senhor" da "A minha vizinha de cima"





" Na Quinta do Senhor " do romance " A minha vizinha de cima "

Aqui fica um breve trecho de um dos capítulos do meu romance que espero seja do vosso agrado. 
Desfrutem!

"...Regressado ao quarto para um retemperado banho, Pedro prepara toda a indumentária para se estrear no restaurante do hotel,  premiado com uma estrela Michelin, o mais distinto e elegante possível.
É sua intenção começar a “marcar pontos”, e para o sucesso da missão que o levou ali, a imagem de homem bem sucedido era fundamental.
A ajuda do Senhor Torres surtia o efeito esperado, sentindo em si, olhares indiscretos de cobiça, por parte de algumas senhoras que acompanham  seus pares, que o iam “medindo” enquanto atravessa a sala encaminhado pelo o Chefe da mesma.
Sentam-no numa mesa junto á janela num dos cantos da sala.
A garrafeira á vista de todos fazia depreender que a carta de vinhos seria rica e imensa.
A sala era de um igual amarelo vivo como o da fachada do palácio, realçado por pequenos candeeiros fixos á parede que alumiavam o restaurante acolhedoramente.
Apontamentos de vermelho paixão sobressaíam elegantemente aos olhos dos seus visitantes.
No tecto, nas cadeiras vestidas de tecidos diferentes e os copos translúcidos daquela cor conferiam o requinte da sala, de chão emadeirado claro.
Pela janela os candeeiros das ruas estreitas da cidade, reluziam como pirilampos, espelhando o rio calmo, onde flutuam irrequietos pequenos botes.
É prontamente atendido por um simpático empregado que lhe entrega o Menu.
Nas suas mãos e sem o abrir Pedro eleva o seu olhar na sua direcção e dispara:
- Surpreenda-me, meu caro! Confio em si!
- Concerteza, senhor! Responde o empregado sorridente.
Com a carta de vinhos a atitude repete-se.
- Continuo a confiar em si para me surpreender! Piscando um dos olhos ao solícito e gentil colaborador.
Anuiu com uma pequena vénia, dá um passo atrás e vai diligente encomendar o pedido.
Enquanto aguarda entretém-se com as vistas nocturnas que a janela lhe permite desfrutar.
Na sala, as gentes que o acompanham na refeição, vão sendo traídas com o olhar inesperado de Pedro que envergonhadas desviam os olhos para o prato e outras para os seus pares.
Outras há que esboçam um pequeno sorriso atrevido, correspondido prontamente por Pedro.
Numa das mesas, quatro senhoras bem arranjadas, aliás como o resto da sala, interrompem o ambiente discreto do restaurante, com gargalhadas esporádicas e murmurinhos entre si depois de alguns vislumbres ao solitário Pedro.
Os senhores, esses,  vão olhando intrigados fitando discretamente os acessórios amarelos que se destacavam das mangas da camisa de Pedro e o Hublot de diamantes que, como não quer a coisa, fazia questão de ostentar.
Outros,  compreendia de imediato o olhar de desdém e inveja.
Pedro estava a motivar reacções esperadas.
As empregadas que ajudavam diligentemente a servir os pedidos encontravam de quando em vez os olhos de Pedro, sorrindo-lhe carinhosamente.
Quiz a mãe natureza presente-á-lo com uma aparência muito mais jovem do que na realidade tem.
Alguns cabelos, poucos, de cor branca e na barba rasa, davam-lhe um ar charmoso, ajudado e muito pelas sugestões do consultor de imagem.
O ar de sucesso produzido chamavam a atenção de sexo oposto.
Pedro estava em grande. O seu ego trespassava os céus. A postura determinada e plena de auto-confiança atraiam atenções de todo o lado.
Finalmente os pratos eram colocados na frente de Pedro.
Ostra glaciada com xerez Pedro Ximenez, purê de couve-flor e caviar, para começar.
Conserva caseira, apresentada na latinha que tão bem conhecemos, com atum, mexilhão, sardinha, navalha e polvo.
Ao lado, a acompanhar, emulsão de escabeche de grão-de-bico, azeitona verde e salicornia.
Era a vez do presunto Ibérico de Belota, com ovo cozinhado a 62°, espargos, presunto e toucinho salgado Bísaro, com emulsão de batata e trufa.
Lavagante em bisque com espuma de funcho, caviar de ouriço do mar e azeite de açafrão, pasta de sapateira e tosta, foi a obra de arte que se seguiu.
Depois, lula confitada e recheada com arroz e morcela da Beira e um aveludado de boletos.
Jarreta de vitela Maronesa, cenoura e aipo bola assado, preparavam a entrada das deliciosas sobremesas.
Uma selecção de queijos nacionais, servidos com pequenos apontamentos de fruta, em compota, gelatina e fresca, dão continuidade ao formidável repasto.
- O que virá depois disto?!... Pensa enigmático.
Combinação de café Nespresso em três texturas, banana, gelado de leite, pólen de mel e “cookies”, finalizam em grande estilo a refeição.
A apresentação de todos os pratos eram meticulosamente cuidados, que se destacavam por cores coloridas dos grandes pratos que lhes serviam de base.
Autênticas obras de arte. Paixão por quem as prepara. De fazer inveja aos Deuses. Divinal.
As selecções vinícolas ajudaram na degustação da refeição face á qualidade que detinham.
Um Barca Velha, Quinta do Vallado Reserva 2010 e por último   Quinta da Calçada Bruto 2010 foram servidos com os devidos cuidados, sob a orientação do “Sommilier”, na temperatura certa e copos próprios.
Só assim é possível rentabilizar todas as propriedades e características das suas castas para uma degustação perfeita.
Casaram na perfeição com os predicados dos alimentos apresentados.
Serviço de excelência.
- TOP! Responde ao atencioso empregado no final.
- Deseja tomar café ou prefere fazê-lo no Bar?
- No bar. Retorquiu Pedro enquanto limpa delicadamente a boca com o guardanapo que segurava nas pernas.
Assina a conta e discretamente coloca uma generosa gorjeta no bolso do fato do funcionário que o servira durante toda a refeição, pedindo-lhe que endereçasse cumprimentos e parabéns ao Chef.
Educadamente, este agradece e despede-se de Pedro que se dirigia para o bar.
A decoração do bar é charmosa, com sofás dispostos por toda a sala, de motivos florais.
Nas inúmeros mesas de apoio, candeeiros pequenos iluminavam com um amarelo quente todo o espaço.
Ao fundo, uma parede de pedra destacava um gramofone alumiado por focos branco desde o chão.
As peças decorativas distribuídas estrategicamente, evocam-nos o passado longínquo e rico ali vivido.
O glamour preenche a sala, com desfiles breves dos vestidos caros das senhoras e os atavios a preceito por parte dos homens.
Pedro, junto ao balcão do  bar tenta descobrir nas prateleiras cheias, um Cognac do seu agrado.
Um casal de aparência jovem, vão satisfazendo os pedidos dos clientes por trás do balcão.
Diligentemente, Paulo, assim era o nome inscrito no crachá da farda, pergunta se o pode ajudar.
Pedro procura algo para acompanhar o seu Cohiba. Pede sugestões.
Rémy Martin ou Courvoisier, o preferido de Napoleão, são os únicos para escolha.
Senta-se num dos bancos junto do balcão e numa base de papel cartonado, com o logotipo do hotel, Paulo, serve-lhe o Cognac “napoleónico”, enquanto do bolso retira o porta charutos e o respectivo cortador.
Ao lado do enorme copo de balão, o isqueiro Dupont de ouro repousa sobre o maço de cigarrilhas.
Paulo atento, apressa-se a acender um longo fósforo que incendeia uma pequena lasca de folha de madeira,  retirada previamente  de uma caixa de charutos desumidificada, conforme comprova o indicador no exterior.
- Já corri mundo por várias vezes e você, Caro Paulo, foi o primeiro a ter esta atitude. Refere surpreso inclinando-se para a frente para que lhe acenda o longo charuto cubano.
- Sério?!... Responde satisfeito aguardando por mais detalhes...
- Denota que é um conhecedor e apreciador de charutos. Raras são as pessoas que sabem que é assim que se deve acender charutos.
- É verdade. Aprecio o culto do charuto e quando a vida mo permite lá vou saboreando... “Quando o Rei faz anos”, infelizmente... Aludindo á falta de capacidade financeira para os adquirir.
Quinze euros é o custo por unidade daqueles excelentes manufacturados cubanos.
Automaticamente , Pedro abre o seu porta charutos e presenteia-o com um..."


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Como escritor independente penso ter sido o primeiro português a obter o Nº 1 no ranking dos Best- Seller na AMAZON Canadá. 
Outros fabulosos lugares foram atingidos por essa Europa fora e a isto, claro está, devo á colaboração  incondicional que decidiram dar-me e pela qual estou profundamente reconhecido.
Os vossos gostos nas publicações e especialmente as vossas constantes partilhas foram determinantes para a obtenção dos êxitos já alcançados pela "A minha vizinha de cima".
Uma vez mais obrigado Portugal, obrigado Portugueses de todo o Mundo pelo vosso carinho!

Vocês são brilhantes!



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